
Assentamento judaico de Givat Zeev, na Cisjordânia
O governo israelense disse nesta terça-feira, 24, que concedeu status legal a três postos de assentamentos judaicos na Cisjordânia, região ocupada por Israel, uma medida que pode sustentar o governo de coalizão, mas que atraiu forte condenação palestina.
Autoridades israelenses minimizaram a decisão tomada por um comitê ministerial na noite de segunda-feira e rejeitaram as acusações de que o governo havia efetivamente criado o primeiro novo assentamento judaico em mais de 20 anos.
Os três postos (Bruchin, Sansana e Rechelim) foram construídos em terras que Israel declara ser “propriedade do Estado” na Cisjordânia, uma área capturada na guerra de 1967 e a qual os palestinos querem como parte de seu futuro Estado.
“O painel decidiu formalizar o status de três comunidades (…) que foram estabelecidas nos anos de 1990, de acordo com decisões de governos anteriores”, afirmou um comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Ilegais

Cerca de 350 colonos vivem em Bruchin e 240 em Rechelim, ambos na parte norte da Cisjordânia, enquanto Sansana, com uma população de 240, está mais ao sul.
Nenhum deles recebeu o status legal definitivo de comunidade formal e Netanyahu, apesar de ser politicamente forte, enfrentou questões dentro do próprio partido Likud e outras coalizões parceiras da ala-direita sobre seu comprometimento com os colonos.
Palestinos

As conversações de paz estão congeladas desde 2010 por causa de um impasse sobre essa questão.
Há anos Israel promete a seu principal aliado, os EUA, remover dezenas de postos avançados de colonos, mas pouco fez para cumprir o compromisso, já que Netanyahu enfrenta pressão política na própria coalizão de governo.
Fonte: Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário