Costume da Papua Nova Guiné é revertido por cristãos
Quando um surto de sarampo começou a matar moradores de uma aldeia
remota em Papua Nova Guiné (PNG), a cultura local apontava para um
trabalho de bruxaria. Logo, quatro mulheres foram acusadas de serem
responsáveis e por isso seriam mortas.
Graças a intervenção de missionários cristãos que trabalhavam na
região, elas foram salvas da execução. O ocorrido foi saudado como uma
vitória no esforço do governo para erradicar os ataques relacionados a
bruxaria em Papua Nova Guiné, mas os missionários acreditam que a
violência continuará.
A província de Enga ainda vive num sistema tribal, onde as leis que
prevalecem são culturais. A polícia foi chamada pelos missionários.
Quando os ânimos se acalmaram, os missionários tentaram explicar o que é
uma doença e por que eram contrários à pena de morte.
O vice-comandante da polícia de Enga, Epenes Nili, disse que sem a
denúncia dos missionários o pior teria ocorrido. Ao final da conversa
com as autoridades, as mulheres acusadas se comprometeram a não mais
realizar seus feitiços.
Em PNG, responsabilizar a bruxaria por problemas é algo que está
arraigado em algumas partes do país. Geralmente, as bruxas são
torturadas e exige-se que “retirem o feitiço”. Se não ocorre o esperado,
são queimadas vivas. Enquanto o governo tem feito alguns esforços, o
trabalho mais consistente de combate à violência é muitas vezes deixado
para grupos de igrejas e ONGs.
Philip Gibbs que faz trabalho missionários na província de Western
Highlands de PNG, relata que muitas vezes eles são chamados a intervir.
Para ele, a única solução é uma mudança na maneira dessas pessoas verem o
mundo. Sem minimizar a existência de espíritos que podem atuar no mundo
físico, Gibbs acredita que seu trabalho é “enfatizar que a fé cristã
está lá para ajudar as pessoas a ter uma vida melhor e poder curar as
pessoas.” Com informações The Guardian
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